terça-feira, novembro 28, 2006

Estávamos eu e um amigo discutindo sobre fotologs no MSN. Mais especificamente, sobre meninas que colocam fotos de decotes, pernas, calcinhas e insinuações do tipo, e o porque delas fazerem isso. Segue-se o seguinte diálogo:

Eu: só pra receber meia dúzia de elogio de neguinho sabe-se lá de onde

Eu:
qual a graça disso?


Amigo: qual a graça de sair com alguem e contar? qual a graça de ver 22 marmanjos correndo atras d euma bola?qual a graça de comprar uma revista com ftoos de mulheres nuas e se masturbar por um retrato?

Amigo: venhamos e convenhamos a humanidade nao é muito racional mesmo :)


Só pude concordar (e dar muita risada)

segunda-feira, novembro 20, 2006

As Aventuras de Gabi em Sampa - parte II

Enfim, chegamos na primeira parada do caminho. Era uma lanchonete gigante onde eu já tinha estado em outra ocasião, cujos lanches custavam o olho do fiofó (onde já se viu Toddynho a R$2,30?). Deixei o Arthur dormindo dentro do ônibus e desci só pra fazer xixi e lavar as mãos (e gastar água e papel daqueles filhos da puta sem comprar nada em troca, claro).

Junto com a gente parou uma excursão de alguns alunos de Direito, que estavam indo para um tal de Jogos Jurídicos (mais tarde esse evento rendeu discussões engraçadíssimas sobre o que seriam esses jogos: quem fica melhor de peruca branca? Quem bate o martelo mais forte?
Corrida de toga?). Já tenho um pé atrás com estudante de Direito, porque a maioria é mauricinho/patricinha egocêntrico, mas dessa vez eles se superaram: os caras arrumaram, sabe-se lá onde, uma caixa de som enorme e sem fio E ENTRARAM COM A DITA CUJA LIGADA NA MAIOR ALTURA DENTRO DA LANCHONETE! E como a potência dos equipamentos de som costuma ser inversamente proporcional ao gosto do dono, acho que dá pra sacar o nível da merda que eles ouviam. Pra piorar a cena, ainda usavam uns chapeuzinhos ridículos de caubói. Simplesmente pa-té-ti-co ver como eles se divertiam com a própria demonstração de babaquice.

O que leva uma criatura a ser tão inconveniente? De duas, uma: ou recebeu pouco carinho na infância e por isso sente uma necessidade doida de chamar a atenção a qualquer custo, ou foi falta de chinelada na bunda.

Ainda cheguei a pensar "Calma, Gabriela. Você é que não dormiu quase nada no ônibus, tá descabelada e emputecida com o preço alto dos lanches e por isso ficou intolerante e tá querendo descontar nos caras. São só uns bobos fazendo farra, apenas isso", ou que tivesse baixado um espírito de velha chata em mim e todo mundo tivesse que adivinhar que eu não estava numa boa madrugada.

Para quem acha que não tem jeito de ser pior, eu digo que tem sim: não é que o motorista daqueles putos resolveu parar no mesmo local que a gente na segunda parada? Se eu ainda não tinha certeza do espírito de porco dos sujeitos, tive a prova final: o carregador da caixa de som entrou com aquela porcaria no restaurante apenas por entrar mesmo. Ele pegou a caixa na entrada e atravessou reto até o caixa, nem parou pra comer nem nada. Foi aqui, aliás, que descobri que eu não era a única pessoa do nosso grupo que não achava um pingo de graça na palhaçada que os futuros adevogados estavam fazendo, que se perguntava o que tínhamos feito para merecer aquilo, ou que sentia uma vontade tremenda de mandar o cara enfiar a caixa de som naquele lugar onde o sol não bate.

Desse ponto em diante, não me lembro de mais nada da estrada porque caí no sono (sorte - não costumo dormir bem dentro de ônibus) e só me lembro de já estarmos dentro da maior cidade do Brasil quando acordei. Da janela do ônibus avistei a Pinacoteca, a Estação, as lojinhas do centro (tudo fechado, porque chegamos no dia 2 de novembro)... o mais engraçado é que nessa hora estava tocando uma musiquinha instrumental meio piegas, tipo missão-cumprida-em-final-de-filme, e acabou combinando.

Até que estacionamos na frente do nosso hotel, o América do Sul, cujo dono era um show à parte.

Continua...

sexta-feira, novembro 17, 2006

Frase do Dia:

"O amor é como o capim: você planta, cuida com carinho... aí vem uma vaca e acaba com tudo!"

Lida dentro do ônibus a caminho da faculdade, no SuperNotícias (excelente jornal que custa apenas 50 centavos).

quarta-feira, novembro 15, 2006

As Aventuras de Gabi em Sampa - parte I

Nossa viagem começou na frente da Escola de Belas Artes da UFMG (é, aquele que tem um trator enferrujado e uma cópia da Vênus de Milo de cimento na sua frente), onde deveríamos pegar os ônibus que alugamos para a viagem. Esclarecendo: todo ano par o D.A. da Escola de Belas Artes organiza uma excursão baratex pra levar os alunos para ver a Bienal de Artes. Por "baratex", entenda "ônibus alugado e hotel fuleiro no centro a cidade", o que não é nenhum problema pra aluno de artes (já que de acordo com o senso comum somos "tudo doido"). Continuando... pra variar, mesmo chegando em casa às 17:40 e tendo 3 horas e meia para arrumar as malas, cheguei em cima da hora na Escola. Típico de mim, não estranhem. Já estava bem cheio de gente, então minha preocupação foi arrumar lugares ao lado um do outro para eu e meu namorado assim que liberassem a entrada no ônibus.

Quando entramos, as únicas poltronas duplas disponíveis ficavam bem na frente do banheiro. Ruim, mas podia ser pior: se fossem as que ficam ao lado, teríamos que aguentar o cheiro vindo na cara e a porta batendo no braço. Logo que me acomodei, um rapaz de cabelos compridos se sentou na poltrona da minha frente e sacou uma flauta de bambu da mochila.

- Hipponguice é no outro ônibus - falei

Explicando: eram três ônibus indo pra São Paulo, e os ônibus foram nomeados e os participantes divididos mais ou menos de acordo com os seguintes critérios: Aparecida do Norte (trintonas de outras faculdades e casaizinhos), berimbau (pra quem curte Cordel do Fogo Encantado, Mestre Ambrósio e qualquer coisa com tambor) e eletroclash (era pra se chamar trance, mas um dos meninos foi contra porque "trance é muito chato". Fui obrigada a concordar). Estávamos no ônibus tranc..., ops, eletroclash, daí dá pra entender o motivo da minha reclamação com o neohippie. O cara ainda achou graça; maconha demais deve dar nisso.

Ele não foi o único: um aluno da EBA que não vou dizer o nome (mas quem conhece a figura vai identificá-la no ato), representante-mor do ônibus berimbau, viajava no nosso ônibus. Até pensei que o pessoal que da lista tivesse feito de sacanagem, mas depois vim a saber que ele mesmo tinha pedido para ir lá por causa de umas meninas (típico dele também). Pois bem, logo que o ônibus se pôs em movimento esse rapaz sacou um CD da mochila e colocou pra tocar. Um doce pra quem adivinhar o que continha o tal CD... Eu e a turma do eletroclash fomos obrigados a promover um mini-motim para trocar o CD, cujo lema era a frase aí de cima com uma pequena variação:

- Tambor é no outro ônibus.

Assim a viagem prosseguiu tranquila (até demais: pensei que ia rolar bagunça, mas todo mundo apagou ou ficou conversando baixinho). O que não imaginávamos era o acontecimento tenebroso que nos aguardava na primeira parada...

Continua...

quinta-feira, novembro 09, 2006

A seguir...

"As aventuras de Gabi em Sampa".

Assim que eu tiver tempo e saco de me sentar e escrever, aguardem um relato das poucas e boas que a belorizontina aqui passou na maior cidade do Brasil. Eu prometo que é para breve, pode deixar.