terça-feira, outubro 27, 2009

Tô de mudança

Não daqui do blog: resolvi criar um Deviant com um nomezinho melhor que o anterior (que estava parado há tempos, diga-se de passagem). E caramba, tinha me esquecido o quanto é chato o upload dos arquivos, o tanto de detalhezinho que eles exigem...

Achei péssimo também que você só pode classificar o seu trabalho em uma categoria. Limitante demais.

Enfim, quem quiser conhecer a nova casa, tá aí embaixo o link. Ainda tô botando ordem, mas é questão de dias até os uploads serem mais frequentes.

http://gabicmartins.deviantart.com/

quarta-feira, outubro 14, 2009

Da série "vamos relembrar regrinhas de ouro para sites?"

É daquelas coisas que você pensa que já viraram até lei na internet, mas um belo dia você abre uma página qualquer e descobre que não, que ainda tem gente sem noção na rede (não sei porque a esperança, tão aí os gifs animados e cheios de purpurina e o Recados na Água que não me deixam mentir).

Pelo jeito vamos ter que recordar um dos mandamentos de "como fazer um bom site, láááááááá da época da Internet 98:


Evite cair na tentação de colocar musiquinhas tocando na abertura do seu site.


Isso é sério, por vários motivos. O primeiro é o prático: vai que a pessoa abriu o site as 2 da manhã (uma coisa bem comum, diga-se de passagem), a família toda dormindo, e sem aviso nenhum começa a tocar uma música na maior altura. Nem dá tempo de abaixar a caixa de som... Se ela estiver de fones de ouvido, aí é aquele pulo na cadeira.

Segundo, porque geralmente quem faz isso tem mal gosto. É, não me levem a mal, mas é a verdade: pessoal tem o espírito de "ah, pena que pouca gente gosta desses cantores, mas aposto que é por desconhecimento" e aí resolvem enfiar o negócio no nosso ouvido à fórceps. E uns 95% dos que fazem isso costumam se dividir em duas categorias: j-pop vagabundo e/ou trilha sonora de anime, ou evangélico. Vez ou outra tem algum pop rock nacional pão-com-ovo também, tipo Jota Quest.

Terceiro, que colocam os botões do som bem escondidinhos. Não sei se por ingenuidade ou maldade (o que eu disse lá em cima, o "vocês vão ter que engolir minha banda favorita"), mas é um porre ficar catando botãozinho de stop enquanto a música chata rola. Já fechei vários sites por não conseguir parar a música.

Então fica aí o recado pra quem quiser uma página musical: pode colocar a opção, sim, mas deixe a escolha de ouví-la para o visitante da página. É só deixar os comandos bem visíveis, explicar que tipo de música tem ali e pronto: quem quiser vai se esbaldar, quem não quiser passa reto e continua vendo o seu site sem incômodo.

E se ainda assim você quiser receber o visitante com uma música, pelamordedeus, botão de Stop bem visível, OK?! Mas bem visível mesmo!

Contribua pra uma internet melhor.

sábado, outubro 03, 2009

Inaugurando boteco novo

Já faz um tempinho que estou planejando isso, mas vai adiando aqui, vai deixando pra mais tarde, aí nunca saía nada. Então agora vai: gostaria de convidar os leitores do Toda Cura Para Todo Mal a conhecerem o Gabi Martins - caderno de rascunhos.

Pra quem ainda não sacou, eu sou ilustradora, e a idéia desse blog é ir postando rascunhos, idéias e experiências, fora coisas interessantes relacionadas a desenho - como sites e blogs de outros desenhistas, vídeos, etc.

O blog já estava no ar havia um bom tempo, mas minha idéia era lançá-lo "oficialmente" somente quando eu tivesse uma quantidade razoável de trabalhos nele, mas percebi que sem feedback, eu não me sentia estimulada ao processo de postar: escanear trabalhos, colocar no blog, fazer comentários, etc. Daí tirei uns posts antigos que estavam tosquinhos e resolvi começar de novo.

Críticas são super bem vindas, e falo sério mesmo, não é falsa humildade. Quem quiser comentar, sugerir, dar toques, falar o que acha que está bom e o que está ruim nos desenhos, tá convidado a fazê-lo.

Enfim, espero que gostem tanto quanto eu tô gostando de fazer esse novo blog.

quinta-feira, outubro 01, 2009

Mangá(?) do Labirinto

Semana passada eu fiz uma vaigem rápida à Argentina, junto com a família. A gente estava planejando uma viagem mais longa (coisa de duas semanas) e pra mais longe (Europa, provavelmente), mas aí a burocracia e alguns atrasos complicaram bastante a coisa e resolvemos mudar de rumo. Eu adorei à viagem e depois vou fazer posts contando como foi (e dessa vez escrevo mesmo, tô empolgada com as fotos, com o passeio, com tudo), mas pra esquentar os tamborins vou falar um pouquinho de um dos achados da minha viagem: um quadrinho continuação do Labirinto, um dos filmes dos anos 80 mais emblemáticos, cria indireta do Monthy Python e do autor dos Muppets, e um dos meus favoritos.

Estava eu andando pela rua Florida no meu penúltimo dia de estadia na capital argentina quando me deparo com o quadrinho na banca. Estava chovendo bem no dia, o jornaleiro tinha colocado um plástico grosso pra proteger as revistinhas, então fiquei lá um tempão meio agachada olhando até ter certeza do título: "Return to Labyrinth". Fiquei bem desconfiada, já que uma tentativa de continuação de um filme tão bacana tinha grande chance de dar merda, mas como tava baratinho (14 pesos cada, divida por 2 pra ter o preço em reais), a curiosidade falou mais alto. Arrematei dois volumes, mesmo eles estando um pouco amassados (e não tinha mais, devia ser resto do resto) e mesmo sabendo que havia um terceiro volume que o jornaleiro não tinha. Qualquer coisa eu dava um jeito, internet taí pra isso.

Dito tudo isso, eu mostro aqui a capa do mangá:

Lindona, eu achei. Mesmo não babando taaaaanto por esse tipo de traço quanto há alguns anos atrás, ficou bem caprichada. Se o miolo seguisse o traço, ótimo. Mas aí notei os créditos: desenhista de capa era um, desenhista do recheio era outro (americano, pelo nome). Luzinha de alerta acendeu aqui.

Não deu outra, olha a qualidade do miolo do mangá:


Sim, é essa tranqueira. Do lado desse traço, até o mangá da Luluzinha (que parece feito por fanzineiro) fica bonito. Fora que o nível do traço é irregular, vai do razoável até o muito ruim: vai ver o tal Chries Lie estava com o prazo apertado, aí quando ele ia fazer cocô ou sair pra lanchar colocava o irmão mais novo pra fazer arte final no lugar dele... O Jareth, coitado, uma hora fica parecendo o Dark Schneider magricelo e de batom, noutras fica numa vibe Sephirot meets Steve Tyler. Pavoroso.

Mas e o roteiro, presta pelo menos? Resuminho: a história se passa alguns anos depois do filme original: Sarah cresceu e virou professora, e o seu irmão Toby está enfrentando problemas típicos de adolescente (com aquele exagero típico desse tipo de história). E dessa vez é ele que vai ser atraído pra dentro do Labirinto por Jareth. Que dessa vez não parece ser o senhor absoluto daquele mundo como a gente pensava: algumas intrigas políticas estão em jogo, há gente de olho no controle do Labirinto por alguma razão, e novos personagens misteriosos aparecem.

O início é bem banalzinho (Toby adolescente com problemas), e pra piorar foi bem mal trabalhado. Ficou óbvio que queriam que ele emulasse a Sarah do filme, aí deram uma forçadinha de barra e botaram a mãe brigando com ele igualzinho. Também colocarem ele numa peça de teatro, dã. A impressão que eu tive é que correram com essa parte pra chegar logo à ação.

Quando ele entra no Labirinto alguma coisa melhora, mas a história é irregular como o traço. Quando ela se mantém fiel às idéias do filme original ela até funciona bem. Clima bizarrinho, personagens estranhos, e contos de fadas citados ou virados do avesso (alguns bem pouco conhecidos como o dos duendes que faziam sapatos à noite para um casal de velhinhos vender de dia)...

Mas quando se afasta disso, aí a história derrapa feio. Fica um gosto forte de deja vu, de "eu já li isso antes e muito melhor escrito", tudo soa como aqueles RPGs genéricos de videogame que você compra/baixa e fica jogando na falta de algo melhor pra fazer, mas depois que você zera, se esquece da existência dele rapidinho (ou nem chega a zerar, perde a empolgação antes).

Só pra sentirem o clima: quem está doidinho pra se apossar do Labirinto é uma rainha de um reino/dimensão/país de água, que tem poderes baseados nesse elemento, e duas filhas meio artistas de circo que também tem poderes baseados em água. E fica claro que ela e Jareth já tiveram uma quedinha um pelo outro. E que a força de vontade do Jareth era fortíssima, e era ela que mantinha o Labirinto, e quem controlasse o Labirinto também teria aquele poder.

Rayearth feelings? Sim, eu também senti. Não é totalmente aleatório porque no filme há um "embate" entre a vontade da Sarah e a do Jareth, mas como eu já disse, do jeito que colocaram ficou com jeitão de um desses RPGs que saem por quilo.

Só faço uma ressalva: como eu disse lá em cima, eu não li a última parte da história porque não achei o último volume pra comprar. Pra ser sincera eu duvido que o clima geral da história mudassem, mas pode ser que ele tenha algumas surpresas que ao menos deixassem uma sensação melhor.

Enfim, a impressão que eu tive é que a história tinha até uma chance de funcionar (ainda que não ficasse no nível da concepção original), mas que foi desenvolvida de forma beeeem preguiçosa.

E sabe o que é pior? No final do segundo volume tem umas pin-ups de outros desenhistas, algumas amostras:




Podiam ter chamado qualquer um deles para desenhadr o quadrinho...

quarta-feira, setembro 09, 2009

Livro de Graça na Praça 2009


Dica excelente pro pessoal de Belo Horizonte: vem aí a segunda (me corrijam se eu estiver errada) edição do evento. Os dados estão no banerzinho, mas vou repetir o mais importante: é no dia 13 de setembro, na Praça da Liberdade, e começa às 8 da manhã.

Segundo a minha amiga Rita, vale a pena: os livros distribuídos são legais, nada de borra de café ou tranqueira encalhada que ninguém quis. Mas é legal chegar cedo pra garantir o seu.

segunda-feira, setembro 07, 2009

Análise rápida - Penélope


Foi uma das minhas últimas leituras - e das bem rapidinhas, peguei emprestado na quinta-feira e no sábado de manhã eu já tinha terminado, e ó: recomendo fortemente.

Taí um resuminho curtinho, retirado desse site aqui:


"Em um conto de fadas moderno, nós conhecemos Penélope, uma jovem de 23 anos que passou a vida inteira presa em sua própria casa, vítima de uma antiga maldição. Para se livrar do focinho de porco que cresce no lugar do seu nariz, ela precisa encontrar alguém que a ame mesmo com esse 'pequeno' problema."

Descrição clichê (e que por ser clichê não quer dizer nada): é um conto-de-fadas moderno. Minha descrição: é super bem escrito, é surpreendente, tem partes hilárias (como quando a protagonista explica os motivos de sua família ter sido amaldiçoada)... e tem umas metáforas excelentes, que vão beeeem além do batidíssimo (e raso) "não ligue para as aparências", "beleza não é tudo", "seja você mesmo".

Fazia tempo que eu não lia algo tão legal e que andava torcendo o nariz pra tudo o que me recomendavam. Por isso mesmo tô passando a dica pra frente.

PS: tem um filme, que estou doida pra ver.

sexta-feira, agosto 28, 2009

Trabalhando por migalha... ou coisa pior.

Essa eu deveria postar no meu quase-vindo-à-tona blog de desenhos (opa, escapuliu antes da hora), mas como o assunto é sério e assunto sério é sempre urgente, vou postar por aqui mesmo.

O Montalvo é um ilustrador que eu admiro pra caramba, sobretudo pelos posicionamentos dele sobre a profissão. Foi ele que puxou a idéia do SketchCrawl no Brasil (prometo que no próximo eu faço tudo direitinho, com direito a foto e mais gente participando), fora seus textos supimpas e empolgantes.

Aí que dia desses ele postou esse vídeo aqui. Coloquei o link pro post dele porque não consigo anexar o videozinho aqui no site, mas garanto que vale a visita. E acho que é de se espantar: se a Warner é capaz de pedir ao Harlan Ellison, que é um escritor conhecido e tarimbado, que ceda um trabalho dele sem oferecer um tostão em troca (e sequer uma cópia do DVD), imagina o que não fazem com novatos... e acaba que esses, por ingenuidade, medo, ignorância ou uma mistura de tudo, vão achatando os já bem achatados preços ainda mais...

Se você já estiver por lá, aproveite a visitinha e veja o post sobre a última (tentativa de) campanha viral da Puma. E já que estou no embalo, fiquem com esse texto do Hiro, sobre o porque de não se desenhar de graça. Lembro que eu o encontrei sem querer numa das minhas andanças pela web, e foi o que me motivou a me profissionalizar como ilustradora.

quinta-feira, julho 23, 2009

Men Woman at work


Como podem reparar, esse blog está passando por algumas mudanças no visual. Não deu pra acertar tudo numa cacetada só, mas prometo que o período de transtornos vai ser breve (bem menos demorado que o intervalo entre as minhas postagens, diga-se de passagem).

Enquanto isso, fiquem com uma musiquinha jóia do grupo cujo nome tá no título desse blog:



(o curioso é que eu só fui ver esse clipe tem pouquíssimo tempo, e achei ó-te-mo. Adoro o tio loiro de coletinho e telefone, porque ele tem mó cara de personagem do Monthy Python)

terça-feira, julho 21, 2009

Pequena Miss Sunshine

Tô aqui teclando enquanto assisto o Profissão Repórter (um programa que eu acho superestimado, diga-se de passagem), e ele está mexendo comigo. Eu já acho concurso de Miss uma boçalidade sem tamanho, mas concurso de Miss criança é uma coisa que me dá uma mistura de nojo e angústia.

Porque o que você vê ali são um monte de meninas. Mas emperiquitadas, passando horas com os cabelos repuxados em rolinho ou na escova e usando maquiagem carregada - peruinhas miniaturas. Aí quando perde você vê que são apenas crianças: elas choram, querem ir pra casa, ficam morrendo de vontade de dormir porque viajaram horas de ônibus e não tiveram tempo pra descansar...

Assim se criam pessoas neuróticas com aparência e extremamente dependentes de aprovação alheia.

segunda-feira, julho 13, 2009

Mais momento confessionário

E confesso (ô, redundância) que tô gostando desses momentos. Bom demais soltar a tosqueira que existe dentro da gente, não é mesmo, minha gente?!

Enfim, o Momento Confessionário de hoje traz uma música brega. Ela foi lançada em 2002, passou batida por mim, até que foi colocada na trilha de uma novela das sete ruim pra cacete, Agora É Que São Elas. Na época eu comprei um CD com a trilha sonora da novela, e se me permitem dizer, tem até umas coisinhas boas ali.

Com vocês, Ritchie cantando "Lágrimas Demais":


sexta-feira, julho 03, 2009

Eu quero um laptop agora!

Tá, hoje eu queria mesmo uma tranqueira dessas, mas é por um motivo nobre: achei uns episódios de Duck Tales no Youtube e queria muito assistir isso. Mas não na tela do computador e sentada nessa cadeira desconfortável e morrendo de dor nas costas como eu estou, e sim deitada na cama ou no sofá e enrolada numa coberta quente.

Fora isso, (ainda) posso passar a minha existência sem essas maquininhas malditas.

quarta-feira, julho 01, 2009

Sabe quando você fica feliz com os termos politicamente corretos?

Resposta: quando tem que escrever um trabalho enjoadinho pra uma disciplina da faculdade e a professora exige que o trabalho tem que ter no mínimo X laudas. Aí olha só que coisa boa: "aidético" ou (sem pegar pesado) "soropositivo" automaticamente vira "portador do vírus HIV".

Não é ótimo pra encher linguiça?

domingo, junho 28, 2009

Eu odeio hipermercado!

Calhou que hoje fui comprar umas coisinhas no Carrefurto. Tenho mó preguiça de ir lá, mas não poidia ser em outro porque tô precisando de forminhas de cupcake (ou muffins, ou bolinhos, ou qualquer outro nome que essa tranqueira tenha). Resultado: meus ouvidos saíram castigados.

Primeiro foi algum equipamento maldito que devia estar com defeito, e ficava apitando de tempos em tempos. Tortura pura você ter uns dois segundos de paz sabendo que dali a pouco vêm o apito. Depois foi uma criança chorona no caixa ao lado do meu, pirraceando porque queria alguma coisa que os pais se recusavam a lhe dar (e olha que vi o pai abrindo um pacote de bombom. Não sei se era aquilo mesmo que ela queria ou se era um calaboca). E pra fechar com chave de ouro, o último foi no estacionamento: um carro com silenciador furado que me incomodou um bocado. Tive que ouvir ele acelerando pra sair da vaga, depois pra se aproximar da máquina que "come" cartão de estacionamento, depois pra ir embora e por último pra arrancar na saída.

Ah, e o melhor de tudo é que não tinha as forminhas de cupcakes lá...

Lindo, lindo, lindo

Tinha lido esse texto aqui uns meses atrás, perdi o link e acabei trombando com ele de novo. Em homenagem à feliz coincidência, tá aqui pro deleite dos leitores do blog.

Aí eu ainda tenho que ficar ouvindo gente dizer que chamar alguém de "branco azedo" também é racismo, que não pode sair na rua com uma camisa escrito 100% branco... difudê, na boa.

sexta-feira, junho 19, 2009

De molho

Só contando como está sendo o meu dia hoje (ou "Uma tentativa disfarçada de manter esse blog movimentado"): estou aqui de molho em casa, esperando o motoboy vir pegar a bateria do meu carro. A dita-cuja, que ainda tá na garantia, cismou de não funcionar desde segunda-feira, e só hoje eu tive tempo pra ligar pra loja que a vendeu pra mim.

Marcaram de vir buscar a bateria às duas da tarde. Sentei no computador e fiquei, crente que dali a pouco o cara bateria na minha campainha e cortaria o meu sossego. Quatro e meia e nada; liguei pra loja de novo, fui atendida por um funcionário super atencioso e ouvi pedidos de desculpas, mais a promessa de que dessa vez o motoboy estaria aqui. E até agora, nada também.

Com isso, a minha tentativa de hoje (filosofia dos AA, "um dia de cada vez") de passar mais tempo longe da internet se frutrou completamente... Fora que eu também estava planejando ir ao centro da cidade dar uma volta (tá, só iria se o motoboy viesse às duas da tarde e não demorasse muito) e tô precisando cortar o cabelo tem um bom tempo.

Daqui a pouco vou lá ligar praqueles putos de novo, se bem que duvido que a essa hora ainda mandem alguém.

Cara, eu de-tes-to essa filosofia do enrolation com todas as minhas forças. Que disessem que hoje não dava mais pra mandar ninguém, que o motoboy teve dor de barriga e foi mandado pra casa mais cedo, ou mais simples: que agendassem a vinda de alguém aqui e cumprissem com a data e horário. Mas fica a impressão que nem anotaram meus dados nem nada, já que da segunda vez que eu liguei o atendente não encontrou o meu pedido.

EDIT: o motoboy acabou vindo aqui às 18:15, quando eu nem esperava mais que aparecesse. E como que pra compensar o atraso, não é que ele me ajudou a descobrir o motivo da bateria descarregada? Menos mal...

segunda-feira, junho 01, 2009

Duas notícias pra quem é dono de um XBox 360...

... uma boa e uma ruim.

A boa: finalmente vai sair um jogo de Metal Gear Solid pro console.

A ruim: o personagem principal vai ser o Raiden, aquele bucha.

Notícia aqui.

quarta-feira, maio 13, 2009

Quasímodo


Aí que ontem a Sessão da Tarde passou o desenho do Corcunda de Notre Dame da Disney, e eu resolvi assistir porque só o vi uma vez quando fui no cinema. Lembro que naquele mês a edição da SuperInteressante (que naquela época não tinha só o nome de interessante) mostrou como eles fizeram pra animar todas as pessoas na praça, um processo que facilitou e ao mesmo tempo deixou tudo mais realista, e eu fiquei babando pra ver... aí no filme mesmo a cena passa em 1 segundo e pronto, acabou. Fiquei bem tristinha...

Mas enfim, ontem confirmei uma impressão passada que eu tinha sobre o filme: a história do Corcunda de Notre Dame não foi uma boa escolha prum filme infantil. A Disney ousou pra caramba num monte de coisas (vide as referências explícitas à tortura e Inquisição, as cenas onde Frollo cheira o pescoço da cigana Esmeralda e a imagina como uma "tentação do demo", o fato das gárgulas poderem ser amigos imaginários do corcunda, e a própria sequência do povo chamando-o de aberração e tacando porcarias nele - de chorar), mas no final amarelou e acabou apelando pro final bonitinho em que todo mundo é feliz pra sempre. Na certa porque viram que se seguissem a história original, não ia sair nada parecido com uma animação de férias de verão e o orçamento iria todo pelo ralo. No ano anterior Pocahontas já tinha sido um fiasco...

Fora que o nome do filme devia ser "O cavaleiro Phebo", porque ele é que é o maior herói ali: salva inocentes de morrer num incêndio e arrisca o próprio rabo nisso, leva flechada de outros soldados, cai num rio e não morre, e fica com a mocinha no final. Quasímodo tá mais pra ajudante.

Então de duas, uma: ou que fossem corajosos e assumissem O Corcunda de Notre Dame como uma animação adulta (como Fantasia), ou que escolhessem uma história mais digerível. Porque do jeito que foi feito, o resultado ficou um, com o perdão da palavra, Frankestein.

quarta-feira, maio 06, 2009

Dos movimentos e reinvidicações "inúteis"

Sim, eu sei que estou sumida, mas acreditem, é por um bom motivo: faz parte do meu esforço de ficar menos tempo pendurada na internet. Mas acreditem, eu gosto do bloguinho e tenho saudades de escrever aqui. E por incrível que pareça, o que causou meu sumiço foi justamente perfeccionismo: eu escrevia qualquer coisa, achava q não estava bom o bastante e deixava de lado. Sério. Não prometo post novo sempre, mas vou tentar postar com mais regularidade.

Bem, o que me motivou a escrever esse post foi uma ladainha com a qual eu costumo me deparar bastante em discussões virtuais: o "vá fazer uma coisa mais importante". Especificamente nesse caso, foi uma discussão sobre a Marcha da Maconha e sua proibição em São Paulo. Apareceu comentário de muita gente a favor da proibição (OK, opinião deles, embora eu discorde), e a pérola que arrematava todos era a do "esse pessoal devia procurar algo melhor pra fazer, passeata contra desemprego, violência, pobreza, saúde precária, mas vai protestar justamente contra proibição da maconha? Bando de desocupados".

Numa boa? Cansei de ouvir essa ladainha toda vez que eu entrava em alguma conversa de defesa das minorias. Geralmente vinha junto com algo no estilo "mulheres/gays/negros/wathever já têm direitos iguais garantidos por lei". Sabe o que acho mais engraçado? É que quem tá num movimento desses ou numa Marcha da Maconha dessas da vida tá lá porque quer. Tá dispondo do próprio tempo do jeito que acha melhor. Cada um sabe onde o sapato aperta: se a pessoa escolheu protestar por esse ou por aquele movimento, é porque aquela causa a comove, ou a toca pessoalmente - porque eu não preciso ser lésbica pra ficar tiririca com homofobia.

E sabe o que é mais engraçado ainda? Que quem mais clama por "protestem por causas melhores e ajudem quem realmente precisa", é justamente quem não faz NADA. Acha um absurdo a "patricinha" reinvidicar o direito de usar beck no lugar de ajudar um faminto, mas não move a bunda do lugar pra levar um prato de comida pra esse mesmo cara. Ou sequer pra fazer uma doação pra quem se presta a esse serviço, até porque a maioria acha que "pobre só é assim porque quer". É assim em 99% dos casos, pode reparar.

E por último, falam como se uma coisa inviabilizasse outra. Como se a pessoa que está ali protestando pela descriminalização das drogas também não pudesse se engajar num movimento social "importante". Essa me lembrou uma discussão sobre o SUS oferecer cirurgia gratuita de mudança de sexo: é como se pra cada transex operado, deixassem de tratar 15 criancinhas com câncer, porque o auê que fizeram por conta dessa "futilidade" aí...

Por isso que eu digo que o orkut me diverte. Posto menos, participo menos, tô empolgadíssima com o flickr, mas arredar o pé de vez? Nem pensar.

domingo, abril 12, 2009

Jesus, me chicoteia!

E aí que foi Semana Santa, e só deu filme de Jesus apanhando na televisão. Teve na Globo, no SBT... Não teve o Jesus gore do Mel Gibson, pelo menos não nos canais que pegavam lá na casa do meu avô, mas até ontem teve filme de Jesus no SBT. E eu pensando que iam se limitar à sexta-feira...

Pena que ninguém teve peito de passar A Vida de Brian ou A Última Tentação de Cristo. Só ficaram naqueles filmes xurumbregas com Jesus loiro de olho azul e cenário que parece teatro...

quarta-feira, abril 01, 2009

Não foi dessa vez.

Moçada, essa é pra quem estava sabendo do meu novo estágio: não deu. Pra quem tá boiando: amanhã eu começaria a estagiar numa área que me interessa bastante e que tem bastante a ver com o que eu faço. Sim, "começaria", porque hoje o pessoal de lá me ligou e me botaram a par da situação: o CNPQ não aceita que pessoas já formadas sejam bolsistas. Não interessa se estou fazendo outra graduação no momento: como já recebi um canudo universitário, tô fora, tenho que pegar meu banquinho e sair de fininho.

E isso foi tão surpreendente pra eles quanto pra mim, pois como ainda não havia acontecido nem eles sabiam que essa restrição existia. Senti que me dispensaram com tristeza, que ninguém queria que aquilo tivesse ocorrido. Uma pena mesmo.

Agora bora correr atrás do prejuízo: já tinha feito uma conta no BB, trancado uma matéria pra não ficar sobrecarregada, e já estava calculando onde eu ia almoçar no centro pra não virar freguesa de porcaria engordativa e o que ia fazer caso largasse serviço às 18 horas e quisesse evitar ônibus entupido. Parece que ainda há algumas propostas de estágio em aberto, vou coletar os emails, ver quais me interessam e mandar o currículo.

Me desejem sorte, pessoal.

quarta-feira, março 25, 2009

Die, hippie, die!

Acho que eu nunca comentei aqui, mas eu detesto vendedor insistente de qualquer tipo. Seja o chato do telemarketing que tem absoluta certeza que você precisa do cartão de crédito deles que dá não-sei-quantos dias no cheque especial e acumula pontos pra trocar por sei-lá-o-quê (mas desliga na sua cara quando você conta que não trabalha), quanto a atendente do fastfood que não aceita que você só quer o sanduíche e não a promoção inteira, ou que você é louca de não querer aumentar a sua dose de colesterol diária, ops, batatas fritas por apenas um real. É parte da profissão deles, mas foda-se, não preciso achar legal depois de um certo ponto.

Mas tem uma classe bem particular de vendedores que anda me dando nos nervos: são os hippies ambulantes. Olha, eu confesso que já tive a minha fase de usar brinco de pena, blusa indiana e saiona comprida, e desses hábitos só mantive o último (e ainda assim ando usando bem mais uma saia preta simples do que as indianas- deve ser antipatia dessa novela nova). Fora que depois que eu passei a poder ser presa, minha pele desenvolveu uma alergia horrorosa à maioria das bijouterias: só consigo usar por algumas horas, e então a coceira começa.

Já estava acostumada a ver esse pessoal oferecendo seus "trampos", e dá-lhe mostrar um monte de brinco e colar pendurados num veludo colorido. Algumas peças são muito bonitas, mas outras são uns arames retorcidos bem bregas. Tem uns que chegam, mostram, você solta uma negativa e eles agradecem e saem.

O problema são os hippies insistentes. Você tá lá tomando uma cerveja e num papo animadíssimo com os amigos, e vêm o cara insistindo que tá vendendo "arte". OK se ele considera as peças dele assim, mas por causa disso eu tenho obrigação de comprar, ainda que nem sonhe em usar? Não, valeu, prefiro meus 5 mangos em cerveja gelada.

Ultimamente eles tem usado mais dois tipos de abordagem quando eu digo "não, obrigada": uma delas é insistir que você compre pra
"inteirar a passagem do ônibus". Outra é te enrolar com uma conversa rápida qualquer e falar que vai te "fazer uma lembrança" em troca de uma "contribuição voluntária". A tal "lembrança" é qualquer coisinha de metal retorcido: um anel com uma estrela, um pingente de berimbau, algo assim. Sinceramente? Isso pra mim é coação: o cara faz a porcaria que quiser, e mais fácil a pessoa dar um real a dizer que não quer ou que ficou feio, e muito difícil alguém dar centavinhos. E em troca de uma coisa q vai chegar em casa e jogar fora, ou largar no fundo de uma gaveta.

Essa semana tive que ouvir essa conversa quando passava na Praça 7, onde tem um corredor com uma fila de hippies vendendo as tralhas deles (e quase todas tranqueiras de arame). Ouvi o cara, disse que realmente não tinha interesse e vazei rapidinho. E o segundo que tentou me abordar eu passei reto. Eu podia deixar o cara fazer o "trampo" de arame pra mim, mas pensei e concluí que não ia ter saco pra bater boca pra não ficar com o troço.

Na próxima vez que eu tiver que passar por aquele corredor, vou usar uma camisa do Cartman com o título desse tópico. Problema resolvido.

segunda-feira, março 09, 2009

Dispenso a rosa


Dia 8 de março seria um dia como qualquer outro, não fosse pela rosa e os parabéns. Toda mulher sabe como é. Ao chegar ao trabalho e dar bom dia aos colegas, algum deles vai soltar: "parabéns".

Por alguns segundos, a gente tenta entender por que raios estamos recebendo parabéns se não é nosso aniversário (exceção, claro, à minoria que, de fato, faz aniversário neste dia). Depois de ficar com cara de bestas, num estalo a gente se lembra da data, dá um sorriso amarelo e responde "obrigada", pensando: "mas por que eu deveria receber parabéns por ser mulher?".

Mais tarde, chega um funcionário distribuindo rosas. Novamente, sorriso amarelo e obrigada. É assim todos os anos. Quando não é no trabalho, é em alguma loja. Quando não é numa loja, é no supermercado. Todos os anos, todo 8 de março: é sempre a maldita rosa.

Dizem que a rosa simboliza a "feminilidade", a delicadeza. É a mesma metáfora que usam para coibir nossa sexualidade -- da supervalorização da virgindidade é que saiu o verbo "deflorar" (como se o homem, ao romper o hímen de uma mulher, arrancasse a flor do solo, tomando-a para si e condenando-a -- afinal, depois de arrancada da terra, a flor está fadada à morte). É da metáfora da flor, portanto, que vem a idéia de que mulheres sexualmente ativas são "putas", inferiores, menos respeitáveis.

A delicadeza da flor também é sua fraqueza. Qualquer movimento mais brusco lhe arranca as pétalas. Dizem o mesmo de nós: que somos o "sexo frágil" e que, por isso, devemos ser protegidas. Mas protegidas do quê? De quem? A julgar pelo número de estupros, precisamos de proteção contra os homens. Ah, mas os homens que estupram são psicopatas, dizem. São loucos. Não é com estes homens que nós namoramos e casamos, não é a eles que confiamos a tarefa de nos proteger.

Mas, bem, segundo pesquisa Ibope/Instituto Patricia Galvão, 51% dos brasileiros dizem conhecer alguma mulher que é agredida por seu parceiro. No resto do mundo, em 40 a 70 por cento dos assassinatos de mulheres, o autor é o próprio marido ou companheiro.Este tipo de crime também aparece com frequência na mídia. No entanto, são tratados como crimes "passionais" -- o que dá a errônea impressão de que homens e mulheres os cometem com a mesma frequência, já que a paixão é algo que acomete ambos os sexos. Tratam os homens autores destes crimes como "românticos" exagerados, príncipes encantados que foram longe demais. No entanto, são as mulheres as neuróticas nos filmes e novelas. São elas que "amam demais", não os homens.

Mas a rosa também tem espinhos, o que a torna ainda mais simbólica dos mitos que o patriarcado atribuiu às mulheres. Somos ardilosas, traiçoeiras, manipuladores, castradoras. Nós é que fomos nos meter com a serpente e tiramos o pobre Adão do paraíso (como se Eva lhe tivesse enfiado a maçã goela abaixo, como se ele não a tivesse comido de livre e espontânea vontade). Várias culturas têm a lenda da vagina dentata. Em Hollywood, as mulheres usam a "sedução" para prejudicar os homens e conseguir o que querem. Nos intervalos do canal Sony, os machos são de "respeito" e as mulheres têm "mentes perigosas". A mensagem subliminar é: "cuidado, meninos, as mulheres são o capeta disfarçado". E, foi com medo do capeta que a sociedade, ao longo dos séculos, prendeu as mulheres dentro de casa. Como se isso não fosse suficiente, limitaram seus movimentos com espartilhos, sapatos minúsculos (na China), saltos altos. Impediram-na que estudasse, que trabalhasse, que tivesse vida própria. Ela era uma propriedade do pai, depois do marido. Tinha sempre de estar sob a tutela de alguém, senão sua "mente perigosa" causaria coisas terríveis.

Mas dizem que a rosa serve para mostrar que, hoje, nos valorizam. Hoje, sim. Vivemos num mundo "pós-feminista" afinal. Todas essas discriminações acabaram! As mulheres votam e trabalham! Não há mais nada para conquistar! Será mesmo? Nos últimos anos, as diferenças salariais entre homens e mulheres (que seguem as mesmas profissões) têm crescido no Brasil, em vez de diminuir. Nos centros urbanos, onde a estrutura ocupacional é mais complexa, a disparidade tende a ser pior. Considerando que recebo menos para desempenhar o mesmo serviço, não parece irônico que o meu colega de trabalho me dê os parabéns por ser mulher?

Dizem que a rosa é um sinal de reconhecimento das nossas capacidades. Mas, no ranking de igualdade política do Fórum Econômico Mundial de 2008, o Brasil está em 10oº lugar entre 130 países. As mulheres têm 11% dos cargos ministeriais e 9% dos assentos no Congresso -- onde, das 513 cadeiras, apenas 46 são ocupadas por elas. Do total de prefeitos eleitos no ano passado, apenas 9,08% são mulheres. E nós somos 52% da população.

A rosa também simboliza beleza. Ah, o sexo belo. Mas é só passar em frente a uma banca de revistas para descobrir que é exatamente o contrário. Você nunca está bonita o suficiente, bobinha. Não pode ser feliz enquanto não emagrecer. Não pode envelhecer. Não pode ter celulite (embora até bebês tenham furinhos na bunda). Você só terá valor quando for igual a uma modelo de 18 anos (as modelos têm 17 ou 18 anos até quando a propaganda é de creme rejuvenescedor...). Mas mesmo ela não é perfeita: tem de ser photoshopada. Sua é alterada ponto de parecer de plástico: ela não tem espinhas nem estrias nem olheiras nem cicatrizes nem hematomas, nenhuma dessas coisas que a gente tem quando vive. Ela sorri, mas não tem linhas ao lado da boca. Faz cara de brava, mas sua testa não se franze. É magérrima (às vezes, anoréxica), mas não tem nenhum osso saltando. É a beleza impossível, mas você deve persegui-la mesmo assim, se quiser ser "feminina".

Porque, sim, feminilidade é isso: é "se cuidar". Você não pode relaxar. Não pode se abandonar (em inglês, a expressão usada é exatamente esta: "let yourself go"). Usar uma porrada de cosméticos e fazer plásticas é a maneira (a única maneira, segundo os publicitários) de mostrar a si mesma e aos outros que você se ama. "Você se ama? Então corrija-se". Por mais contraditória que pareça, é esta a mensagem.


Todo dia 8 de março, nos dão uma rosa como sinal de respeito. No entanto, a misoginia está em toda parte. Os anúncios e ensaios de moda glamurizam a violência contra a mulher. Nas propagandas de cerveja e programas humorísticos, as mulheres são bundas ambulantes, meros objetos sexuais. A pornografia mainstream (feita pela Hollywood pornô, uma indústira multibilionária) tem cada vez mais cenas de violência, estupro e simulação de atos sexuais feitos contra a vontade da mulher. Nos videogames, ganha pontos quem atropelar prostitutas.

Todo dia 8 de março, volto para casa e vejo um monte de mulheres com rosas vermelhas na mão, no metrô. É um sinal de cavalheirismo, dizem. Mas, no mesmo metrô, muitas mulheres são encoxadas todos os dias. Tanto que o Rio criou um vagão exclusivo para as mulheres, para que elas fujam de quem as assedia. Pois é, eles não punem os responsáveis. Acham difícil. Preferem isolar as vítimas. Enquanto não combatermos a idéia de que as mulheres que andam sozinhas por aí são "convidativas", propriedade pública, isso nunca vai deixar de existir.
Enquanto acharem que cantar uma mulher na rua é elogio, isso nunca vai deixar de existir.

Atualmente, a propaganda da NET mostra um pinguim (?) dizendo "ê lá em casa" para uma enfermeira. Em outro comercial, o russo garoto-propaganda puxa três mulheres para perto de si, para que os telespectadores entendam que o "combo" da NET engloba três serviços. Aparentemente, temos de rir disso. Aparentemente, isso ajuda a vender TV por assinatura. Muito provavelmente, os publicitários criadores desta peça não sabem o que é andar pela rua sem ser interrompida por um completo desconhecido ameaçando "chupá-la todinha".


Então, dá licença, mas eu dispenso esta rosa. Não preciso dela. Não a aceito. Não me sinto elogiada com ela. Não quero rosas. Eu quero igualdade de salários, mais representação política, mais respeito, menos violência e menos amarras. Eu quero, de fato, ser igual na sociedade. Eu quero, de fato, caminhar em direção a um mundo em que o feminismo não seja mais necessário
...

Enquanto isso não acontecer, meu querido, enfia esta rosa no dignissímo senhor seu cu.



Texto escrito por Marjorie Rodrigues, mas diz exatamente o que penso sobre o dia das mulheres.

sexta-feira, março 06, 2009

Da série "se resolveu fazer, então faz bem feito"

Destaque da primeira página do Yahoo de hoje, aqui.

O mesmo site que fez essas photoshopadas porcas, que eu nunca vi mais gordo, já fez uma tranqueira do mesmo naipe uns tempos atrás: pegou fotos de atrizes e cantoras gostosonas e usando de muito efeito liquify colocou todas bem gorduchas. O resultado foi igual ao desse aí, tudoamemamerda.

Por falar em fotoxopági tosca, esse site aqui é excelente: Photoshop Disasters. Tem uns que você tem que olhar bastante pra ganhar o jogo dos 7 erros, mas em outros a cagada é tão gritante que a gente se pergunta como é que aquilo foi aprovado e ganhou as ruas.

Ah, e eles aceitam contribuições, e já vi material nacional por lá. Vide a menina de braços megacompridos da propaganda da Oi e o sumiço de um importante elemento do traseiro da Sabrina Boing Boing...

terça-feira, março 03, 2009

Casa de ferreiro...

Caros leitores desse blog, gostaria que vocês olhassem a capa desse livro de desenho. Prestem atenção no nome do livro (ou seja, o que ele se propõe a ensinar) e nas imagens ilustrativas:


Olha, eu acho que o autor do livro está precisando seguir os próprios conselhos, ou aprimorar o seu traço. Porque as mulheres que ele desenhou nessa capa não me apeteceram, não...

sábado, janeiro 24, 2009

Boimate

Eu já conhecia essa história há alguns meses, mas com infográfico e tudo fica ainda mais deliciosa.

Leia aqui.

terça-feira, janeiro 20, 2009

Maldita Sessão da Tarde!


Acho que eu já falei que eu tenho antipatia do saudosismo estilo minha-infância-era-muito-melhor (até parece, naquela época não tinha Playstation), que faz a turma mandar aqueles emails dizendo que "a infância de hoje tá horrível porque as crianças só assistem bunda rebolando na televisão" (sim, claro, passa muita bunda no Bom Dia e Cia e na TV Globinho, só pra citar dois programas infantis), frequentar Festa Ploc só pra pagar o mico de dançar ao som de Super Fantástico... enfim, problema deles, mas que eu acho ridículo, eu acho.

Mas nessas férias tive que dar o braço a torcer: tentei assistir Sessão da Tarde e o que tá passando? Só High School Musical, genéricos da Disney com os mesmos atores, jovens cantoras enfrentando adversários hostis doidos pra sabotar a carreira delas...

Cadê Os Goonies? Cadê aquele filme de monstro que um menino manda o outro chutar o saco do lobisomem? Cadê o Indiana Jones? Cadê a imitação barata dele, aquele cara das Minas do Rei Salomão e Tudo por uma Esmeralda?

Se eu disser que até do Ernest deu saudade... tá, são umas bostas de filme, mas que eu rachava de rir de ver as tartarugas caindo de para-quedas no Na Trilha do Bravo, não vou estar mentindo.

Quero o Sloth de volta... snif!



EDIT: lembrei de outro filme bacanudo bem Sessão da Tarde que eu adoro... e por ironia do destino, tive que alugar pra assistir, porque depois que me entendi por gente nunca mais passou. Esse:


domingo, janeiro 04, 2009

"Frank Miller's 'The Spirit' is a piece of crap"

Não cheguei a comentar aqui no blog, mas qualquer um que se interesse um pouquinho por cinema deve saber da adaptação que o Frank Miller está fazendo do Spirit. O pessoal que ama cinema, então, tá seguindo de perto, cada vez que ele soltava um pôster ou um tease-trailer. Mas o "seguindo de perto" não significa aprovação. Os motivos? Vejam bem:

Isso aqui é o The Spirit original, criado pelo titio Eisner:


E essa é a versão do Frank Miller:



Quem mais aí tiver pensado em "Sin City" levanta a mão.

Eu conheço pouquíssimo dos roteiros do Miller pra falar com conhecimento de causa, mas gosto bastante do traço dele. Ler, pra valer, só li o 300 e algumas histórias de Sin City, e tô com o Cavaleiro das Trevas há tempos no meu HD só esperando uma oportunidade (e eu acho que vai continuar esperando por um tempo, capaz de eu passar os trabalhos do Allan Moore na frente).

Eu acho que o cara tá perdendo o foco: desde Cavaleiro das Trevas 2 (googleiem e vejam do que estou falando) que as histórias dele estão descendo ladeira e raramente sai algo que preste. Batman All Star é uma bela porcaria, e a premissa do Sin City, que era deveras interessante quando surgiu, já está desgastada. Virou fórmula: os personagens são muito parecidos uns com os outros, sempre vai ter um brucutu que no fundo é gente fina, uma mulher ultra sensual e ligada à putaria que é a maior chave de cadeia e fonte de encrenca, e dá-lhe pancadaria e cena de ação estilizada e fugas alucinadas, etc. Só mudam os nomes e alguns detalhes dos acontecimentos, que nem os livros do Dan Brown.


Pra piorar, o sucesso do Sin City versão cinema fez crescer o ego do cara. Ele deve ter achado aquilo tão genial, tão lindo, tão fodástico, que agora todo mundo vai ser obrigado a engolir tudo o q ele fizer naquele estilo, porque vai ficar tão fodão quanto. Ou então de tanto usar a tal "fórmula Sin City" ele passou a ver tudo sob aquela ótica, e acha possível pegar qualquer história e encaixar naquele clima. Capaz dele pegar até filme dos Trapalhões e refilmas preto-e-branco, com contraste estourado e detalhezinhos coloridos chapados.

(pausa pra me mijar de rir imaginando o resultado)

E momento prontofalei, mas confesso q não achei o filme Sin City grande coisa. O visual é de babar, mas o andamento das histórias é péssimo, corrido demais, mal dá tempo de rolar uma empatia pelos personagens e a história acaba (senti isso principalmente na primeira, e olha que o Marv tinha potencial). Mas é aquele tipo de coisa que a gente fica com medo de falar pq todo mundo achou maravilhoso... acho que se fossem duas histórias ao invés de três, o ritmo ficaria melhor.

No filme The Spirit eu deixei de botar fé já nas primeiras imagens, ficou na cara que o Miller queria um Sin City 2 e "foda-se se a estética não combina, eu acho legal e tenho certeza que o véio ia gostar". Sorte dos dois o Eisner já estar morto...

Sabe o que eu acho que combinaria? O estilão daquele filme do Dick Tracy. O filme é bem fraquinho, mas o visual era bacana e combinava com esses quadrinhos estilo anos 50.

quinta-feira, janeiro 01, 2009

Só para responder aos meus leitores que eu desisti de ver a tal minissérie da Maysa.

Primeiro, porque o roteiro é do Manoel Carlos.

Segundo, porque já cansei de ver propaganda dessa porcaria. Uma semana vendo televisão já causou isso. Deve ser porque perdi o hábito de ver televisão, a minha só serve pra ligar o Playtation 2 e assistir A Grande Família.

E terceiro, o tom que estão dando á coisa toda. O subtítulo é breguérrimo, e por mais que a personagem seja tresloucada, vão dar aquele ar de "transgressão chique" pra tudo. Ela enche a cara? Sim, mas é porre de uísque e com a maquiagem e o cabelo impecáveis. Ela faz barraco em público? Sim, mas só pra gritar "eu tô me f****** pro nome Matarazzo". Ela dorme com outros caras depois de acabar o casamento? Sim, mas só se rolar um sentimento forte que justifique, porque senão é piranhagem.

Aliás, alguém se lembra daquela minisérie do JK, onde criaram todo um contexto pra justificar o chifre que ele deu na esposa?
A amante era traumatizada porque foi estuprada na noite de núpcias, ele simpatizou pela Miss Primavera e teve carinho desde a primeira vez que a viu, custaram a consumar tudo, o casamento tava uma bosta e a esposa dele só pensava na filha problemática dos dois... incrível imaginar que a família do cara e o público ficaria magoadinha se colocassem o cara como adepto da putaria tresloucada, das noitadas boêmias...

Enfim, senti que ia ter coisa muito melhor pra fazer nessas férias. Desde costurar, até desenhar ou finalmente zerar algum dos meus jogos de PS2.