segunda-feira, outubro 31, 2005

Mas porque não?

Meu bairro é lotado daquelas lanchonetes que não possuem uma "sede" onde você possa sentar para comer, mas que entregam o pedido em casa. Essa semana mesmo devo ter recolhido uns 4 ou 5 folhetinhos de cardápios de lugares diferentes, de tele-sanduíches a disk-pizzas (me recuso a usar a palavra delivery).

O que pega é que todos eles, todos, sem excessão, só começam a operar a partir das 18 horas. E só funcionam, estourando, até a meia-noite. E isso todos os dias, de segunda a sexta, sábado, domingo e feriado, sem excessão. Ou seja: se num dia eu tiver levantado da cama muito tarde pra caçar almoço, ou quiser variar comendo um X-gordura, não posso contar com eles. Se um dia eu voltar da balada azul de fome, vou ter que me entupir de biscoito ou recorrer ao Miojo.

Não entendo porque eles não funcionam a partir das 12 horas, e não estendem um pouquinho o horário de fechamento. Demanda, eu tenho certeza que teria. Será preguiça ou o quê?

quinta-feira, outubro 27, 2005

Sessão Cinema

Quebrando o meu jejum de filmes, ontem eu assisti dois de uma só tacada! Ou um e meio, como explicado a seguir:

Irmãos Grimm:
O que dá ao se misturar um típico blockbuster de aventura com contos de fadas? Fantástico! Se Van Hellsing, aquela bomba, tivesse sido bem feito e bem cuidado, seria isso aqui.

Pra quem cresceu ouvindo contos de fadas (como eu) e se interessa pelo assunto (como eu) é delicioso ficar procurando referências entre os personagens e as cenas. Estão lá: Chapeuzinho Vermelho, Cinderela, João e Maria, Branca de Neve... Pode assistir de olhos fechados (força de expressão: de olhos fechados não dá pra ver nada...).

PS: até o final do filme fiquei achando que o Matt Damon era o Sean Austin. Pô, ele tá muito parecido com o Sam, de Senhor dos Anéis (só não está tão gordo e bochechudo).

Jack Bronw:
O único filme do Quentin Tarantino que eu ainda não tinha visto. Ou melhor, ainda não vi: sessão de graça na Escolda de Belas Artes, mas tive que sair no meio por causa da minha aula de mandarim.

O que posso dizer? Está muito promissor, prendendo a atenção mesmo. Só espero que o caldo não entorne no final. E a Pam Grier, do alto dos seus 44 anos, está linda. Bonitona mesmo, aquele tipo de beleza mais autêntica e menos plástica, com cara de "pessoa de verdade", dessas que você esbarra na rua.

Assim que eu alugar e terminar de assistir eu completo a resenha.

segunda-feira, outubro 24, 2005

Overkill

I can't get to sleep
I think about the implications
Of diving in too deep
And possibly the complications
Especially at night
I worry over situations
I know will be alright
Perahaps its just my imagination

Day after day it reappears
Night after night my heartbeat, shows the fear
Ghosts appear and fade away

Alone between the sheets
Only brings exasperation
It's time to walk the streets
Smell the desperation

At least there's pretty lights
And though there's little variation
It nullifies the night
From overkill

Day after day it reappears
Night after night my heartbeat, shows the fear
Ghosts appear and fade away

I can't get to sleep
I think about the implications
Of diving in too deep
And possibly the complications

Especially at night
I worry over situations
I know will be alright
It's just overkill

Day after day it reappears
Night after night my heartbeat, shows the fear
Ghosts appear and fade away

terça-feira, outubro 18, 2005

Tava bom demais pra ser verdade...

Quem me conhece sabe que o meu atual sonho de consumo é colocar banda larga na minha casa. Liguei para o Virtua pra saber quanto ficava e fui atendida por uma moça muito simpática, que me pediu o CEP.

"Pronto, f****, pensei, vai ser que nem o Velox: 'o serviço não está disponível na sua região!'".

Mas estava. Perguntei a respeito da promoção que eu tinha visto num outdoor (R$29,90 por mês e provedor grátis até Dezembro). Ela confirmou. Modem? Eles me emprestavam, em regime de comodato. A única coisa chata era que eu teria que pagar uma taxa de instalação e ficar com o serviço por 12 meses, no mínimo (o que não era problema). Pensei, animada: "Acho que vai dar! Esse preço até eu pago do meu bolso, não preciso pedir ao meu pai"". Estava quase chorando de felicidade.

Aí a mocinha jogou água no meu chop:

- Você já é assinante da NET?
- Ué, como assim?
- O Virtua é um serviço extra oferecido pela NET. Você precisa assinar um de nossos planos de...
- Peraí, deixa eu ver se entendi: eu preciso pagar um plano de TV a cabo pra usar o Virtua?
- Sim. O nosso plano básico, que inclui 6 canais obrigatórios e x canais de notícias... (blá blá blá, um monte de dados que esqueci)... está saindo por 39 reais e 90 centavos.
- Não posso assinar o Virtua sozinho? (quase chorando, abraçada ao telefone)
- Infelizmente não, senhora.
- Obrigada

E desliguei. Pô, vão oferecer TV a cabo pra mim? Justo eu que acho que TV a cabo te dá mais opções do que NÃO assistir?

Fica pra próxima.

quarta-feira, outubro 12, 2005

Avenida dos infernos

Sabe o que é chegar na sua cidade e descobrir que ela se transformou numa micareta chulé? Pois é, é isso que estou sentindo nesse exato momento!

Vim para Ouro Branco no feriado, e confesso que não esperava grande coisa da Festa da Batata, cuja escalação de shows piora a cada ano. Para se ter uma idéia, o mais "passável" de todos (e bota aspas nisso!) é o do Falamansa.

Pois bem, cheguei aqui na terça-feira à noite, e passando na avenida principal (ponto de encontro e bebedeira antes dos shows) vi alguns poucos gatos-pingados (os que ainda não tinham ido para o show) e a bagunça de sempre: embalagens de cerveja e cachorro-quente, latinhas, bitucas de cigarro, etc. Mas notei uma coisa diferente: barracas, dessas que vendem comida e bebida em festas, que naquela altura estavam vazias. Deixei pra lá.

No dia seguinte inventei de ir durante o dia ao local dos shows (o "Batatódromo", como é conhecido: a Festa da Batata é praticamente a única coisa que fazem lá). Como era Dia das Crianças, sabia que ia rolar alguma coisa para a molecada, e resolvi ir lá comprar um doce e dar uma voltinha. A avenida principal ficava no caminho. A medida que aproximávamos (eu, minha mãe e minha irmã), fui vendo o tamanho da bagunça, ao mesmo tempo que o funk carioca começou a me agredir os ouvidos. E não é que haviam realmente transformado a avenida num Carnaval, no pior sentido do termo?

Carros rebaixados com o porta-malas aberto e música ruim no talo; boyzinhos imbecis de bermuda, óculos escuros, sem camisa e latinha de cerveja na mão acompanhavam ridicularmente a música dando passinhos pra esquerda e pra direita; meninas de chapinha no cabelo, salto alto, barriga de fora e piercing no umbigo, doidas para saber quantas cantadas iam receber (e quanto foras iam dar); rapazes se esgueirando pros cantos e transformando-os em banheiro sem a menor cerimônia...

Só pude repetir as palavras do Coronel Kurt em "Apocalypse Now": "O horror, o horror!". Preferia mil vezes me meter no pântano fedorento do filme a estar naquela cópia malfeita de folia de praia.

Pensam que acabou? Ainda tinha mais! Rapidinho:

- Quando chegamos ao Batatódromo ele já estava fechado para a entrada de pessoas. Saímos de casa à toa.

- Como era feriado, a única padaria aberta ficava justamente no meio da muvuca (certamente faturando horrores com a venda de vodca, cerveja, picolés e coxinhas para os "micareteiros"). Tive que passar naquele inferno de novo.

- Voltando da padaria, passamos na frente de outra, bem pertinho da minha casa... e estava aberta. Raiva? Não, claro que não, imagina...

domingo, outubro 09, 2005

Isso é design?

Sem comentários...

sábado, outubro 08, 2005

Ah, se eu tivese um feioso desses...


Acho que é o narigão mas bonito que eu já vi. Ai, ai...

segunda-feira, outubro 03, 2005

Referendo anti-armas

Esse referendo de armas já está enchendo o saco.

Criaram um tópico para discutir o assunto na comunidade do Ragnarok, do Orkut (acho que ninguém vai achar estranho se eu disser que o tópico é anti-desarmamento, com aqueles argumentos estilo movimento estudantil, "o povo está sendo manipulado pela mídia"). Acabei de ligar a televisão para assistir o telejornal e descubro que está passando propaganda política gratuita do "Diga Não".

Pois é: ninguém se dispõe a discutir o assunto, a explicar direitinho para a população como vai funcionar o desarmamento e o que vai mudar na vida do povo, caso ele seja aprovado, os prós e contras... Aí chega na última hora e fica esse auê, essas propagandas dramáticas, tentando convencer que "vai acontecer uma desgraça caso voce não entre no meu time". Manipulação, sim, mas dos dois lados.

E como disse minha sábia amiga Bartira, porque ninguém me perguntou se eu era a favor do aumento do salário dos deputados? Da imunidade parlamentar? Do auxílio-palitó? Isso eles não perguntam, né?!

Nervosinha? Sim, claro, quem não ficaria?

Quem me conhece bem sabe que eu gosto de jogar Ragnarok.

Pois bem, resolvi refazer uma de minhas personagens no jogo, por conta de uns pontinhos mal distribuídos. Entrei, apaguei a personagem, criei uma nova com o mesmo nome e fui para o Campo de Treinamento. Estava eu matando alguns monstros quando me abre uma janela:

"Você foi convidado(a) a fazer parte desse grupo".

Recusei. A janela abriu de novo. Não uma, mas quatro vezes. Recusei em todas. A líder do grupo veio conversar comigo, dizer que a experência no grupo era dividida por igual, que era bom para subir de nível rápido, blá blá blá. E eu só "não, obrigada",
"não, obrigada", "não, obrigada"... Na quarta vez eu me enchi e disse:

- PÔ, JÁ FALEI QUE NÃO QUERO!
(assim mesmo, em maiúsculas)

E me afastei, falando "Saco!".

Aí a tal garota soltou um "Nervosinha, hein?!"

Putz, eu demonstrei umas 8 vezes que não estava a fim (somando as recusas e a conversa), e ela insistiu. A gente é obrigada a ser grossa e eles acham ruim.

Imagino essa menina lá na frente, insistindo pra alguém comprar o item dela.

sábado, outubro 01, 2005

Alegria de pobre

Quinta-feira eu fiz o dia dos lixeiros mais feliz.

Explicando: acordei tarde e passei a manhã inteira de camisola, e nisso acabei esquecendo de botar o lixo pra fora. Quando assustei, ouvi o barulho do caminhão de lixo subindo a rua. Rapidamente amarrei a boca do saco de lixo da cozinha (o mais fedorento - tive que escolher apenas um, mentalmente), abri a porta de casa, apertei o botão dos portões e subi correndo a rua, a tempo de entregar o saco no caminhão.

Deve ter sido a visão mais linda que eles tiveram: uma bela moça, de camisola azul e longos cabelos castanhos, subindo a rua, salpicada de florzinhas amarelas (a rua, não a moça).