sexta-feira, março 02, 2007

Potocas

Eu tinha prometido postar a continuação das aventuras de Gabi em Sampa na semana repassada, mas foi só eu falar isso que acabou acontecendo um monte de coisas ao mesmo tempo: resolvi largar a bolsa-mixaria que eu ganhava na faculdade (e que me rendia poucas alegrias e dor de cabeça), daí fui refazer o meu currículo pra tentar conseguir um trabalho de meio período e distribuí-lo por aí, aproveitar os últimos dias do meu namorado no Brasil, ,manter o meu vício no Ragnarok... aí acabei deixando pra depois. Vamos ver se eu corrijo e posto essa semana ainda, senão vou deixar pra lá (e não, pode deixar que não vai rolar um "As aventuras de Gabi no Rio": minha pretensão não chegou a tanto, e se eu não tive saco nem de relatar meus 4 dias em São Paulo, que dirá meus 9 dias na Cidade Maravilhosa...).

Enfim, tô tentando fazer o ritmo desse blog aqui voltar ao normal. Deve ficar mais fácil agora, já que as aulas (e a minha rotina) voltam essa semana. Enquanto não pego o ritmo de novo, vão aí algumas rapidinhas:

- Aproveitei as férias pra tirar o atraso de ir ao cinema. Vi o novo do James Bond, e adorei, justamente porque limaram todas as breguices típicas do personagem (a saber: as bugigangas mirabolantes, os vilões com objetivos vagos como dominar/ferrar o mundo, as bondgirls que só sabem ser gostosas). Por isso mesmo deve ter muito fã da franquia que não gostou, mas eu achei nota 10. Outros que eu vi foram Por Água Abaixo (animação bem legal), Perfume (estranho, mas supimpa) e Rocky Balboa (simples e bacana. Quem assistia os filmes da série vai amar. E os créditos são muito legais).

- Imagine comprar um gibi com essa capa:


Bacana, né? E o título é bem promissor. Mais eis que você abre o seu gibi e encontra esse material lá dentro:


Um belo mangalóide, que não deve quase nada pros trabalhos do Adan Warren (argh! Mantenham quualquer trabalho desse cara BEM LONGE de mim). Se essa revistinha tivesse na banca com saco plástico e eu tivesse comprado, teria ficado p. da vida (mas por sorte eu baixei num site, o que provocou apenas frustração mesmo).

Taí um motivo pra eu não curtir comics: propaganda enganosa (não entregam o que prometem na capa). E isso acontece bastante.

- Aqui em Belo Horizonte já colocaram um outdoor de uma dessas micaretas axé-bunda. Detalhe: os shows(?) vão ser só no final do mês de março, e desde o meio desse mês já tinha outdoor e propaganda pra tudo que é lado. Traduzindo: "o ingresso vai custar caro, sim, mas nós estamos dando a vocês um mês e meio pra juntar o dinheiro. Podem pagar no cheque ou no cartão, parcelar em 5 vezes, vender o fígado pra máfia de transplantes...'".

Já estou mentalizando a cena aqui: pessoas desembolsando uma pequena fortuna para usar um saco de batata de tecido vagabundo e fluorescente (chamado por eles de "abadá" - uma camisa que aquilo ali não é), ouvir música ruim, pagar caro por cerveja quente e choca, quebrar recordes de "número máximo de pessoas que consigo beijar por minuto" e trocar saliva por tabela com todas as outras pessoas do recinto; tudo isso liberando litros e mais litros de suor e contribuondo para o aumento da catinga do ambiente.

E antes que me chamem de puritana e invejosa, vou usar a resposta que uma colega minha deu no blog dela: se eu estivesse interessada em pegação desenfreada, procuraria uma casa de troca de casais fina. Ou nem chegaria a tanto: bastava ir no dark room da Josefine (uma boate daqui de Belo Horizonte famosa por ser point da galera GLS), onde pelo menos é mais garantido que hajam pessoas com bom gosto. Inveja de me atracar com pessoas que se denominam "chicleteiros"? Tá bom...

- Da série "eu sei que minha obra é genial e por isso releitura nunca é demais (ou "mamãe quero mais uma chance"):

Novos longas metragens animados de Neon Genesis Evangelion a caminho.

Anno e Sadamoto já tiveram três chances pra mostrar a que vieram: a série de TV, que teve aquele final estranhíssimo (dizem) por conta de problemas internos da empresa. OK, passada a tempestade fizeram os filmes, que tirando a primeira parte só conseguiram bagunçar ainda mais o coreto (mas todo mundo fingiu que entendeu e acho genial- quanto mais complicado e indecifrável mais o fã acha que aquilo ali é um supra-sumo). E tem a série de mangá ainda em publicação, que tem um capítulo liberado todo dia de São Nunca (e que deve terminar no dia que o Cristo Redentor bater palmas, pra ver a consideração que os caras tem com ela).

Minha opinião é que Evangelion tinha um bom argumento, mas que não foi bem desenvolvido. Os autores conseguiram criar um ponto de partida legal, levaram muito bem até um certo ponto e deixaram todo mundo em suspense com os inúmeros mistérios, mas depois não conseguiram amarrá-los satisfatoriamente numa trama que fizesse sentido. Dá pra sentir que não havia um fio condutor, que começaram a história sem saber como a acabariam. Deu nisso.

Mas ainda rende dinheiro, né? Então vamos fazer outra versão, provavelmente com mais sangue, tripas e cenas estranhas, pra fazer a alegria dos otakus.

- Da série "mamãe eu não sei mexer num scanner" (ou "mamãe eu não tenho um scanner"): basta postar seu desenho assim.

4 comentários:

Michel de Oliveira disse...

O perfume foi baseado num romance do mesmo nome. Aliás, muito bom. Lembro que li todo ele num dia nas férias quando tinha uns 16 anos.

Nossa, tô ficando velho!

Michel de Oliveira disse...

Aliás, fiquei pensando... O que você tem contra esse tal de Adan Warren?

Musa de Caminhoneiro disse...

Vou me apropriar dessa resposta quando me chamarem de "recalcada" por abominar micaretas. Também dispenso beijar chicleteiros e afins. Ô raça!

aline brum disse...

Essa revistinha nem na minha cidade chegou :(
Poderia me dizer qual site você baxou? Acabei ficando curiosa, deve ter alguma coisa interessante na revistinha, não? rs